O que é Cyberbullying?
Muito se tem falado sobre cyberbullying e discurso de ódio nas redes sociais. Cyberbullying é uma forma de bullying exercida no ambiente virtual, seja em chats, redes sociais e demais grupos online. Segundo levantamento realizado pelo Instituto Ipsos, em 2018, o Brasil é o segundo país com mais casos de ofensas virtuais direcionadas a crianças e adolescentes, perdendo apenas para a Índia. A pesquisa ouviu 20,8 mil pais e, desse total, 29% disseram que seus filhos já se queixavam de violência online. Já na Índia esse índice sobe para 37%.
O Cyberbullying tira vidas
O caso de Lucas Santos, de 16 anos, filho da cantora de forró Walkyria Santos, ilustra o risco dos comentários ofensivos nas redes sociais, sobretudo quando dirigido a crianças e adolescentes. Na terça-feira, 03 de agosto de 2021, Lucas foi encontrado morto após receber uma enxurrada de comentários negativos em um vídeo postado por ele no aplicativo Tik Tok.
No vídeo, o jovem simula um beijo com o amigo da escola, mas não chega a fazê-lo. Após o surgimento dos comentários de cunho homofóbico, Lucas gravou outro vídeo explicando que era heterossexual e que não imaginava a repercussão que o primeiro vídeo iria alcançar.
Após perder seu filho para o cyberbullying, a ex-vocalista da banda Magníficos publicou um vídeo onde alerta os seus seguidores. “Hoje eu perdi meu filho, mas preciso deixar esse sinal de alerta aqui. Tenham cuidado com o que vocês falam, com o que vocês comentam. Vocês podem acabar com a vida de alguém”, alertou a cantora.
Instagram lança ferramentas contra discursos de ódio
Já a segunda ferramenta, o Hidden Words possibilita que o usuário escolha palavras chaves que servirão como filtro para que a plataforma esconda comentários desrespeitosos, e assim diminua o alcance dessas interações em posts populares.
Segundo o CEO do Instagram, Adam Mosseri, as novidades surgem após pesquisas internas da companhia que apontam que grande parte dos comentários negativos em posts de figuras públicas vem de contas que não os seguem ou seguiram recentemente. O executivo avalia que as novas ferramentas possibilitam que os usuários se protejam do cyberbullying mantendo o controle sob suas interações.
“Criadores de conteúdo nos dizem que eles não querem desligar por completo os comentários e mensagens; eles ainda querem ouvir de sua comunidade e construir relações; o Limits permite que você ouça seus seguidores de longa data enquanto limitando o contato com pessoas que podem estar vindo para seu perfil apenas para te tornar um alvo”, explica Mosseri.
A ação do Instagram para proteger seus usuários contra o cyberbullying e os discursos de ódio é extremamente importante nos tempos atuais, frente ao crescimento da inconsequência de muitos internautas. Cabe esperar providências iguais das demais redes sociais. Mas, mais do que isso, cabe entender como a empresa “automatiza” suas políticas de governança.