Pesquisa de Mercado para fintechs

  • 7 de fevereiro de 2019

Conservadorismo nas operações, alta rotatividade na taxa de juros e passos lentos na estrutura tecnológica fazem dos bancos tradicionais empecilhos para o consumidor na hora de solicitar crédito no mercado financeiro.

São nessas barreiras operacionais e tecnológicas que as fintechs entram na jogada para capitalização de investimentos versus tomadores de crédito. Para isso, é necessário metodologias tecnológicas que resultam em agilidade, fácil comunicação com o cliente e com custos baixos de operação.

Em época de recessão econômica, onde a dívida pública (união, estados e municípios) ultrapassou os R$ 5 trilhões em 2018, o investimento do setor público e privado é cada dia mais escasso. Esse fenômeno resulta no desemprego, que consequentemente reduz o poder de consumo da classe média e baixa.

O Brasil tem na sua base de desenvolvimento econômico o consumo das famílias, então a recuperação econômica depende dessa variável. Nesta situação negativa, muitas pessoas cogitam a tomada de dinheiro na forma de empréstimo.

Porém, as instituições bancárias se retraem e impõem dificuldades – conservadorismo nas operações, alta rotatividade na taxa de juros e passos lentos na estrutura tecnológica – para que o consumidor obtenha aprovação na solicitação de crédito.

Contudo, é nesse momento que as fintechs ocupam e devem continuar ocupando um papel fundamental nas esferas tecnológica, social e econômica.

Tecnológica devido ao uso de ferramentas digitais para análise de crédito, fácil e instantânea comunicação com os potenciais tomadores de crédito e o monitoramento em tempo real das operações do cliente.

Essas novas instituições do setor financeiro – no Brasil já existem 453 fintechs – ainda não podem ser consideradas bancos e sim como mediadoras entre os investidores e os tomadores de crédito.

Como todas as organizações capitalistas, as fintechs dependem de planos econômicos que visam a formação bruta de capital fixo (FBCF), tendo objetivo de melhorar suas condições estruturais de operação e na continuidade de captar investidores.

Até aqui, é preciso ter clareza sobre o público alvo e para isso a pesquisa de mercado ajudará nesse processo.

No caso das fintechs, é necessário, por exemplo, executar pesquisa quantitativa para ter conhecimento sobre quantos potenciais clientes desejam obter crédito de maneira simplificada e com taxas de juros menores que a praticada pelos bancos e operadoras tradicionais de cartão crédito.

No espectro qualitativo, já com a base de clientes consolidada, a realização de grupos focais ou questionários para saber o nível de satisfação do cliente com os serviços oferecidos pela fintech.

Para finalizar esta análise, deixo uma frase que contrasta o universo paralelo entre os bancos e as fintechs:

”A verdadeira dificuldade não está em aceitar ideias novas, mas escapar das antigas.”

John Keynes (economista)

Gabriel Barbosa – Jornalista do Ernest Manheim Laboratório de Opinião Pública

Share this Post

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*
*